domingo, 7 de maio de 2017

O que é política?




         Foi por meio do termo grego Politeía ou polis que quer dizer cidade-Estado é que derivou a palavra política. Portanto, política é a área da atividade humana que se refere à cidade, ao Estado, à administração pública e ao conjunto dos cidadãos pertencentes a uma sociedade. Complexa e abrangente a política pode conduz e estabelecer presença em varias situações de múltiplos caminhos.
         Para Aristóteles a ética é essencial na política, pois, é aplicada na vida publica. Em Ética a Nicômaco, obra de Aristóteles, o filosofo faz referencia ao bem comum e a melhor maneira que um cidadão possa viver em sociedade. Portanto, política no entendimento de Aristóteles é o que ela pode proporcionar de bom ao cidadão.  
Neste artigo vamos tratar a política como uma relação de poder, pois ambas tem uma proximidade tênue. Uma definição clara sobre poder consiste na capacidade e oportunidade de impor ao outro sua própria vontade. Quem se reveste do poder é poderoso. É aquele que manda, direciona, dar ordem, estabelece uma postura autoritária, subjuga e neutraliza a vontade a alheia. A autoridade é a marca de quem tem poder. 
Norberto Bobbio
Esse conceito moderno de política atrelada ao poder, foi defendida por um filosofo italiano chamado Norberto Bobbio (1909-2004). Bobbio: “o poder político diria respeito ao poder que um homem pode exercer sobre outros, a exemplo da relação entre governante e governados (povo, sociedade)”. A palavra poder vem do latim potere, posse. Refere-se fundamentalmente a faculdade, capacidade, força ou recurso para produzir certos efeitos.
Distribuído em duas categorias, o poder pode ser entendido como: o poder do ser humano sobre a natureza e o poder do ser humano sobre outros seres humanos. No âmbito da política a segunda categoria é essencial. Nessa mesma linha de pensamento podemos estabelecer que o poder supõe dois pólos: o de quem exerce o poder e o daquele sobre o qual o poder é exercido.
Contudo, ao falar em poder político, é preciso pensar em sua legitimação. Podemos ter poderes políticos legitimados por vários motivos, como pela tradição (poder de pai, paternalista), despótico (autoritário, exercido por um rei, uma ditadura) ou aquele que é dado pelo consenso, sendo este último um modelo de governo esperado. O poder exercido pelo governante em uma democracia, por exemplo, dá-se pelo consenso do povo, da sociedade. No caso brasileiro, o poder da presidente é garantido por que existe um consenso da sociedade que o autoriza e, além disso, há uma Constituição Federal que formaliza e dá garantias a esse consenso.
No entanto, há em alguns casos a ilegitimidade do poder político sobre uma nação, quando esta é atingida por meio de um golpe articulado por uma ala descontente ou desfavorecida.

Fonte: Fundamentos da Filosofia (pag. 343)
            Filosofando (pag. 221)
             Filosofia: experiência do pensamento (pag. 180)
             Ideia de política em Norderto Bobbio (Brasil Escola)