Foi por meio do termo grego Politeía ou polis que quer dizer cidade-Estado é que derivou a palavra
política. Portanto, política é a área da atividade humana que se refere à
cidade, ao Estado, à administração pública e ao conjunto dos cidadãos
pertencentes a uma sociedade. Complexa e abrangente a política pode conduz e
estabelecer presença em varias situações de múltiplos caminhos.
Para Aristóteles
a ética é essencial na política, pois, é aplicada na vida publica. Em Ética a Nicômaco, obra de Aristóteles, o
filosofo faz referencia ao bem comum e a melhor maneira que um cidadão possa
viver em sociedade. Portanto, política no entendimento de Aristóteles é o que ela
pode proporcionar de bom ao cidadão.
Neste artigo vamos tratar a política
como uma relação de poder, pois ambas
tem uma proximidade tênue. Uma definição clara sobre poder consiste na
capacidade e oportunidade de impor ao outro sua própria vontade. Quem se
reveste do poder é poderoso. É aquele que manda, direciona, dar ordem,
estabelece uma postura autoritária, subjuga e neutraliza a vontade a alheia. A
autoridade é a marca de quem tem poder.
Norberto Bobbio |
Esse conceito moderno de política
atrelada ao poder, foi defendida por um filosofo italiano chamado Norberto
Bobbio (1909-2004). Bobbio: “o poder político diria respeito ao poder que um homem pode exercer sobre
outros, a exemplo da relação entre governante e governados (povo, sociedade)”.
A palavra poder vem do latim potere, posse. Refere-se fundamentalmente a
faculdade, capacidade, força ou recurso para produzir certos efeitos.
Distribuído em duas categorias, o poder
pode ser entendido como: o poder do ser
humano sobre a natureza e o poder do ser
humano sobre outros seres humanos. No âmbito da política a segunda
categoria é essencial. Nessa mesma linha de pensamento podemos estabelecer que
o poder supõe dois pólos: o de quem exerce o poder e o daquele sobre o qual o
poder é exercido.
Contudo, ao falar em poder político,
é preciso pensar em sua legitimação. Podemos ter poderes políticos legitimados
por vários motivos, como pela tradição (poder de pai, paternalista), despótico
(autoritário, exercido por um rei, uma ditadura) ou aquele que é dado pelo
consenso, sendo este último um modelo de governo esperado. O poder exercido
pelo governante em uma democracia, por exemplo, dá-se pelo consenso do povo, da
sociedade. No caso brasileiro, o poder da presidente é garantido por que existe
um consenso da sociedade que o autoriza e, além disso, há uma Constituição
Federal que formaliza e dá garantias a esse consenso.
No entanto, há em alguns casos a ilegitimidade
do poder político sobre uma nação, quando esta é atingida por meio de um golpe
articulado por uma ala descontente ou desfavorecida.
Fonte: Fundamentos da Filosofia (pag. 343)
Filosofando (pag. 221)
Filosofia: experiência
do pensamento (pag. 180)
Ideia de política em Norderto Bobbio (Brasil
Escola)