Sócrates
nasceu em Atenas (470 a.C), e tornou-se um dos principais pensadores da Grécia
Antiga. Podemos afirmar que Sócrates fundou o que conhecemos hoje por filosofia
ocidental. Foi influenciado pelo conhecimento de outro importante filósofo
grego: Anaxágoras. Seus primeiros estudos e pensamentos discorrem sobre a
essência da natureza da alma humana.
Sócrates |
Dizem
que Sócrates era um homem feio, mas que, quando falava, exercia estranho fascínio.
Procurados pelos jovens, passava horas discutindo na praça publica. Interpelava
os transeuntes, dizendo-se ignorante, e fazia perguntas aos que julgavam
entender determinado assunto: “O que é a coragem e a covardia?”, “O que é a
beleza?”, “O que é a justiça?”, “O que é a virtude?”.
Assim,
Sócrates não fazia preleções, mas dialogava. Ao final, o interlocutor concluía não
haver saída senão reconhecer a própria ignorância. A discussão tomava então
outro rumo, na tentativa de explicitar melhor o conceito.
Sócrates
recorria a dois métodos para melhor questionar e provocar o conhecimento: a ironia
e maiêutica.
No
sentido comum, utilizamos a ironia para dizer algo e expressar exatamente o
contrário. Por exemplo: afirmamos que alguma coisa é bonita, mas na verdade
insinuamos que é muito feia. Diferentemente, para Sócrates, a ironia consiste
em perguntar, simulando não saber. Com isso, o interlocutor expõe sua opinião,
à qual Sócrates contrapõe argumentos que o fazem perceber a ilusão do
conhecimento.
A
maiêutica centra-se na investigação dos conceitos. Desse modo, Sócrates faz
novas perguntas para que seu interlocutor possa refletir. Portanto não ensina,
mas o interlocutor descobre o que já sabia. Sócrates dizia que, enquanto sua
mãe fazia parto de corpos, ele ajudava a trazer à luz ideias.
Sócrates
criticou muitos aspectos da cultura grega, afirmando que muitas
tradições, crenças religiosas e costumes não ajudavam no desenvolvimento
intelectual dos cidadãos gregos.
Temendo algum tipo de mudança na sociedade, a elite mais
conservadora de Atenas começa a encarar Sócrates como um inimigo público e um
agitador em potencial. Foi preso, acusado de pretender subverter a ordem
social, corromper a juventude e provocar mudanças na religião grega. Em sua
cela, foi condenado a suicidar-se tomando um veneno chamado cicuta, em 399 a.C.
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