Conhecemos
como Filosofia Moderna toda aquela
que se desenvolveu durante os séculos XV, XVI, XVII, XVIII e XIX, tendo início
no período do Renascimento, porém, por estar sendo tratada em um período tão
longo esta filosofia não possui uma uniformidade, ela se encontra dividida em
diversos fragmentos de acordo com as escolas dos diferentes períodos dos quais
passou. São eles:
Filosofia
do Renascimento
Filosofia
do século XVII
Filosofia
do século XVIII
Filosofia
do século XIX
René Descartes |
No
período moderno a filosofia passou a ter uma divisão melhor de seu foco de
estudo. No início ainda era comum vermos questões no que dizia respeito a
provar a existência de Deus e a imortalidade da alma, principalmente em textos
de René Descartes e George Berkeley, em suas obras as Meditações e o Tratado,
de autoria dos dois, respectivamente. Porém, muitos filósofos deste período
pareciam estar usando a filosofia para abrir caminhos que pudessem ajudar a
fundamentar algum tipo de concepção, de ideia. Era como se tentassem encontrar
uma forma de provar aquilo que tentavam passar.
Podemos
citar alguns desses filósofos e seus problemas filosóficos como exemplo:
Descartes:
Buscava conseguir algum fundamento para explicar uma determinada concepção
científica;
John Locke:
Buscava preparar o território para que fosse mais fácil a ciência tomar um rumo
e agir de maneira mais direta;
Berkeley:
Buscava competir com alguma conclusão científica, contrapondo-se aos métodos
utilizados pela ciência.
Com
o passar dos tempos a filosofia moderna foi sofrendo algumas alterações,
deixando de ter seu foco diretamente relacionado ao conhecimento material e a
descoberta de todas as verdade, deixando esse papel para que as ciências
buscassem descobrir, como também deixando um pouco de lado as questões de
tentar justificar as crenças religiosas, tão abordadas no período filosófico
anterior.
De
acordo com diversas obras que vieram em seguida, principalmente as de Immanuel Kant, a filosofia
passava a ser chamada de “virada epistemológica”, onde a preocupação agora era
com as condições do conhecimento humano e sua clarificação.
Renascimento
Consideramos
de Renascença o período da filosofia que está entre a Idade média e o
Iluminismo na Europa, o que inclui o século XV. Segundo alguns estudiosos,
podemos estender esse período até o início dos anos de 1350, até os últimos
anos do século XVI ou até mesmo o começo do século XVII, depois de Cristo.
John Locke |
Chamamos
de Renascença porque ela se dá como um renascimento da filosofia, sendo
contrário as reformas religiosas, renovando o aprendizado no que diz respeito a
civilização clássica. Tendo iniciado na Itália, com o Renascimento Italiano,
ela logo tomou proporções mais amplas se espalhando por toda a Europa. Um nome
importante para o renascimento inglês, por exemplo, em se tratando da expansão
pela Europa, é Shakespeare, que se tornou um dos mais importantes pensadores da
época sendo lembrado até os dias de hoje.
Sua
importância para o século XVI foi enorme, o que não impediu que ela viesse a
sofrer várias divisões. No final de seu período ela passou pelas Reformas e
contra reformas, verdadeiros marcos na história da Renascença, conforme citam
alguns historiadores, enquanto outros veem apenas como um período extenso, sem
tanto significado assim.
Filosofia do século
XVII
Considerada
como uma forma de ver o princípio da filosofia moderna, se distanciando da
forma de pensar do pensamento medieval, é comum vermos essa filosofia sendo
chamada de “idade da razão”, já que ela é tida por muitos como uma sucessora da
renascença, precedente do iluminismo. É comum vermos esta filosofia como uma
prévia da visão iluminista.
Século XVII
Também
conhecida como Iluminismo, foi um movimento filosófico que aconteceu na Europa
e em alguns países do continente americano, que também inclui em seus
diferentes períodos a idade da razão. Podemos fazer uma ligação do termo com a
base primária da autoridade, que defendia a razão, um movimento intelectual do
iluminismo. Este período se encerra geralmente entre os anos de 1800.
Século XIX
Neste
século os filósofos do Iluminismo tinham como referência o trabalho de
filósofos como Immanuel Kant e Jean-Jacques Rousseau, o que contribuiu para
influenciar uma nova geração de pensadores. Aconteceram nesse período fortes
revoluções e turbulências decorrentes das pressões do Igualitarismo, que viriam
a provocar mudanças bem visíveis na filosofia.
O contexto filosófico
A
partir de então quem passava a ser o fim para a realização das coisas é o
homem, ao contrário da filosofia antiga, que via o homem como um meio pelo qual
se chegava a alguma coisa, tendo essa análise do ponto de vista político,
podemos dizer que ele tem ligação com o individualismo e a valorização da ideia
do trabalho. Esse individualismo nada mais era que uma consequência da
igualdade entre as pessoas. Sobre o trabalho, ele é visto com uma forma do
homem realizar a sua missão na terra, ajudando a construir o mundo, uma visão
bem diferente de antigamente, quando se achava que o trabalho era um defeito, e
por isso deveria ser direcionado apenas aos escravos.
Fonte: estudopratico.com.br
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