Costuma-se
dividir a filosofia grega em três grandes momentos, tendo como referência
central a atuação de Sócrates.
-
Pré-socrático
-
Socrático
-
Pós-socrático
O
período pré-socrático estende-se pelos séculos VII e VI a.C., quando os filósofos
vindo das colônias gregas como a Jônia (atual Turquia) e Magna Grécia (sul da
Itália e Sicília) iniciaram o processo de rompimento entre a filosofia e
pensamento mítico.
Enquanto
nos relatos míticos a natureza era explicada a partir da geração dos deuses, os
filósofos pré-socráticos investigavam essa origem de maneira racional. Para eles,
o princípio (a arkhé, em grego) não
se encontra na ordem do tempo mítico, mas trata-se de um princípio teórico.
Heráclito: tudo flui
Heráclito (544-484 a.C.) nasceu em Éfeso, na Jônia. Para ele, todas as coisas mudam (devir) sem cessar, e o que temos diante de nós em dado momento é diferente do que foi há pouco e do que será depois: “Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio”, pois na segunda vez não somos os mesmos, e também as águas mudaram.
Parmênides: o ser é imóvel
Parmênides (c.540-c.470 a.C.) viveu em
Eleia. Criticou a filosofia heraclitiana: ao “tudo flui” de Heráclito,
contrapôs a imobilidade do ser. Para ele, é absurdo e impensável afirmar que
uma coisa pode ser e não ser ao mesmo tempo. A partir do princípio estabelecido,
conclui que o ser é único, imutável, infinito e imóvel.
Nenhum comentário:
Postar um comentário