O
estoicismo foi outra corrente
filosófica que introduziu novas perspectivas no caminho da felicidade. Estoicismo
deriva do grego stoá, “pórtico” ou
“galeria de colunas”, era o local onde se reunia os alunos dessa corrente. Para
o estoico, é feliz aquele que vive de acordo com a ordem cósmica, aceitando e
amando o próprio destino. O primeiro filósofo estoico foi Zenão de Cicio (335-264 a.C.).
O
estoicismo concebe o universo como kósmos,
“universo ordenado e harmonioso”,
composto de um principio passivo (a
matéria) e de um principio ativo,
racional, inteligente (logos), que permeia, anima e conecta todas as suas
partes. Esse princípio ativo (chamado de Providência
pelos estoicos) regeria toda a realidade, equivalendo ao que se pode denominar Deus. Assim, Deus se encontra no mundo
e se confunde com ele, com a natureza (imanência).
A imanência seria a união ou a manifestação do Criador com a criação (relação
intima e pessoal). A transcendência
seria o contrário, ou seja, que está separado do mundo e não se confunde com
ele, como é o caso do Deus cristão (o Criador distinto e superior a criação).
Para
os estoicos, é impossível ser feliz se acreditar que felicidade é ter tudo o
que se deseja (não se pode sustentar a sensação de felicidade nos bens material
ou simplesmente na situação do ter). Com isso, há coisa que depende do homem e
há coisa que não depende. Depende do homem elaborar um bom trabalho, ser bom e
generoso, não depende do homem ganhar na loteria ou conquistar o coração da
pessoa amada.
Portanto,
a vontade permite ao homem querer ou
não querer as coisas. Nada pode obrigar o homem a querer o que não quer, ou a
não querer o que quer. Segundo os estoicos, o homem constrói a sua felicidade
usando a vontade para querer apenas aquilo que pode ter.
Para
concluir, os estoicos acreditam que o ser humano não deve se revoltar pela
condição de vida que nem sempre é a desejada. Isso não depende dele. Deve não
apenas aceitar sua condição, mas também querer o que é, o que tem ou o que
vive. Deve, enfim, ter amor por seu destino, que faz parte da totalidade.
Somente então ele poderá ser feliz.
sda
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