quinta-feira, 10 de abril de 2014

Os tipos de Amor

Refletindo sobre felicidade, é importante salientar que a base de toda felicidade é o amor. Contudo, há três tipos de amor: filía, ágape e eros.

a)    Filía
Amizade seria a tradução da palavra grega filía. É o amor entre familiares ou membros de uma comunidade. Podemos dizer que é o amor mútuo, reciproco, generoso e afetivo.

b)    Ágape
Amor fraterno é o que significa a palavra grega ágape. Na comunidade cristã primitiva celebravam a união entre eles em volta a um banquete. Esse tipo de amor seria a caridade, “amar ao próximo como a si mesmo”. É um amor que não espera retribuição, ou seja, é um amor gratuito.

c)     Eros
Paixão amorosa seria o termo mais apropriado para traduzi a expressão eros. Seria a busca do prazer e da alegria de conquistar o amado. É a experiência erótica do ser humano. A sexualidade humana é portanto a expressão do ser que deseja, escolhe, ama, que se comunica com o mundo e com o outro, numa linguagem tanto mais humana quanto mais se exprime de maneira pessoal e única.

Eros e Filosofia
Eros ou Cupido
No diálogo O banquete, Platão relata um encontro em que os convivas discursam sobre o amor. Aristófanes, o melhor comediógrafo da época, conta o mito sobre a origem do amor. No início, os seres humanos eram duplos e esféricos, e os sexos eram três, um deles constituído por duas metades masculinas, outro por duas metades femininas e o terceiro, andrógino, metade masculino, metade feminino. Por terem ousado desafiar os deuses, Zeus cortou-os em dois para enfraquecê-los. A partir dessa separação, cada metade buscou restaurar a unidade primitiva.
Sócrates lembra então o diálogo que tivera com a sacerdotisa Diotima sobre a origem e a natureza de Eros. Segundo ela, durante o aniversário de Afrodite, Eros nasceu de Poros (Recurso) e de Pénia (Pobreza). Deve, portanto, aos pais a inquietude de procurar sair da situação de pobreza e, por meio de experientes, alcançar o que deseja: por isso o amor é a oscilação eterna entre o não possuir e o possuir, é um anelo de qualquer coisa que não se tem e se deseja ter.

Pela boca de Sócrates, Platão estabelece uma relação entre Eros e a filosofia, de modo a não reduzir a busca do amor apenas à procura da outra metade que nos completa. Para ele, Eros é a ânsia de ajudar o seu autentico a se realizar, na medida em que a vontade humana tende para o bem e para o belo, quando subordina a beleza física à beleza espiritual. Nesse estágio, é capaz de desligar-se da paixão por determinado individuo ou atividade, ocupando-se com a pura contemplação da beleza.  

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