Refletindo
sobre felicidade, é importante salientar que a base de toda felicidade é o
amor. Contudo, há três tipos de amor: filía,
ágape e eros.
a) Filía
Amizade
seria a tradução da palavra grega filía.
É o amor entre familiares ou membros de uma comunidade. Podemos dizer que é o
amor mútuo, reciproco, generoso e afetivo.
b) Ágape
Amor
fraterno é o que significa a palavra grega ágape. Na comunidade cristã primitiva
celebravam a união entre eles em volta a um banquete. Esse tipo de amor seria a
caridade, “amar ao próximo como a si mesmo”. É um amor que não espera
retribuição, ou seja, é um amor gratuito.
c) Eros
Paixão
amorosa seria o termo mais apropriado para traduzi a
expressão eros. Seria a busca do
prazer e da alegria de conquistar o amado. É a experiência erótica do ser
humano. A sexualidade humana é portanto a expressão do ser que deseja, escolhe,
ama, que se comunica com o mundo e com o outro, numa linguagem tanto mais
humana quanto mais se exprime de maneira pessoal e única.
Eros e Filosofia
Eros ou Cupido |
No
diálogo O banquete, Platão relata um
encontro em que os convivas discursam sobre o amor. Aristófanes, o melhor
comediógrafo da época, conta o mito sobre a origem do amor. No início, os seres
humanos eram duplos e esféricos, e os sexos eram três, um deles constituído por
duas metades masculinas, outro por duas metades femininas e o terceiro,
andrógino, metade masculino, metade feminino. Por terem ousado desafiar os
deuses, Zeus cortou-os em dois para enfraquecê-los. A partir dessa separação,
cada metade buscou restaurar a unidade primitiva.
Sócrates
lembra então o diálogo que tivera com a sacerdotisa Diotima sobre a origem e a
natureza de Eros. Segundo ela, durante o aniversário de Afrodite, Eros nasceu
de Poros (Recurso) e de Pénia (Pobreza). Deve, portanto, aos pais a inquietude
de procurar sair da situação de pobreza e, por meio de experientes, alcançar o
que deseja: por isso o amor é a oscilação eterna entre o não possuir e o
possuir, é um anelo de qualquer coisa que não se tem e se deseja ter.
Pela
boca de Sócrates, Platão estabelece uma relação entre Eros e a filosofia, de
modo a não reduzir a busca do amor apenas à procura da outra metade que nos
completa. Para ele, Eros é a ânsia de ajudar o seu autentico a se realizar, na
medida em que a vontade humana tende para o bem e para o belo, quando subordina
a beleza física à beleza espiritual. Nesse estágio, é capaz de desligar-se da
paixão por determinado individuo ou atividade, ocupando-se com a pura contemplação
da beleza.
gostei do texto.
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